O evento foi realizado na cidade do Rio de Janeiro, na sede da Academia Nacional de Medicina, sob a responsabilidade de Waldenir de Bragança, acadêmico da Federada do Rio de Janeiro e presidente da FBAM (biênio 1998 – 2000).

Waldenir, medico, advogado, escritor e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense, foi fundador da Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro. Em 2011, foi eleito Intelectual do Ano Fluminense por ocasião do 94º aniversário da Academia Fluminense de Letras. Além de outras homenagens, destaca-se o recebimento da medalha Hipócrates outorgada pela Federação Nacional de História da Medicina e Ciências.

Particularmente com relação ao desenvolvimento da parte científica do Conclave, foram tratados “os mais relevantes problemas relativos à saúde no Brasil, visando a constante elevação dos padrões éticos, científicos e técnicos da medicina”, por meio da consideração dos seguintes itens:
- Sistemas de Prestação de Serviços de Saúde no Brasil
- O Médico e a Vida Humana diante da Tecnologia e da Bioética
- Educação Médica
- Hospital Universitário
- A Medicina no Mercosul
- Medicina do Trabalho
- Memória Médica Brasileira

Da riqueza dos temas elencados e de sua discussão originou-se importante documento, a “Carta Médica do Rio de Janeiro”, contendo recomendações e propostas visando a promoção e defesa da saúde e da vida.

Assim, decorrente da expressão do Conclave, dada a abrangência e importância dos assuntos considerados, e do encaminhamento de suas diretrizes e recomendações, fato inconteste foi o reconhecimento da responsabilidade e importância da FBAM, que bem fica evidenciado pelo menos em dois desdobramentos do evento:

- Em sessão de 11 de novembro de 1998 da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – ALERJ, a Federação Brasileira de Academias de Medicina foi declarada Entidade de Utilidade Pública.
- Na audiência pública do Supremo Tribunal Federal sobre “Interrupção Voluntaria da Gravidez”, datada de 03 de agosto de 2018, a relatora Ministra Rosa Weber lembrou à Suprema Corte do país que a Federação Brasileira de Academias de Medicina, no seu sétimo Conclave, redigiu o documento “Carta do Rio” no qual é afirmado, como verdade científica irrefutável, que a vida começa na concepção.